segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Esses dias fiquei pensando muito para decidir sobre o que escrever nesse blog. Qual seria a próxima história? Então recebi por e-mail um texto de uma escritora nigeriana e a inspiração chegou. Seu nome é Chimamanda Adichie e ela falou sobre o perigo de uma única história. Coloco o link do vídeo original, para quem quiser entender o que estou falando: http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html
Há alguns dias tenho escutado muitas histórias, e como tento ser um bom ombro amigo fico pensando nas melhores palavras a serem ditas para cada situação. Esse texto se encaixa com o que penso.
Todos nós somos formados por inúmeras histórias, somos livros sendo escritos diariamente. Nossos livros não tem apenas histórias felizes e vitoriosas, mas também não vivenciamos só acontecimentos tristes e fracassados. Para cada momento uma história, de acordo com o que precisamos para nos desenvolver. Às vezes precisamos de medidas mais enérgicas para perceber algumas coisas, e isso não significa que nosso romance tenha ido por água abaixo, tudo depende da nossa maneira de interpretar cada palavra traçada nesses pergaminhos.
Em alguns momentos gosto de estudar as reações e comportamentos das pessoas. É incrível como somos tão semelhantes e tão diferentes. Alguns sofrem intensamente por uma hora, outros pensam e remoem o assunto por meses, uns não dão muita importância para o acontecido, outros passam anos se culpado... Uma coisa que me preocupa é a ideia que alguns tem de que o normal é todos os seres humanos estarem felizes 24 horas por dia, e o pior é dizerem que quem tem alguma alteração de humor é doente. 
As páginas de nossos livros particulares são divididas em gêneros literários. Algumas histórias são escritas por meio de textos narrativos, outras por textos líricos e ainda temos os textos dramáticos. É natural manifestar diferentes reações para diferentes acontecimentos. É assim que podemos aprender a melhor maneira de agir, de modo que possamos solucionar situações mais facilmente usando sabedoria.
Precisamos aprender a equilibrar nossas histórias, escrevendo nossos livros de maneira mais rica e esperta. Assim podemos descobrir quando é melhor sair de uma fábula e quais momentos pedem uma epopéia, outras vezes um conto, uma crônica, um ensaio ou uma novela. Dessa maneira poderemos aproveitar as comédias, viver romances, perceber as farsas, contornar alguma tragédia. E assim lá vamos nós, um passinho de cada vez na construção dessa poesia que é a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário